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Como os direitos trabalhistas se adaptaram ao uso da tecnologia?

Como os direitos trabalhistas se adaptaram ao uso da tecnologia?

A reforma trabalhista de 2017 trouxe várias mudanças no mercado de trabalho, sendo uma das mais importantes a introdução de aplicativos e sites em vez de documentos em papel, que agora são amplamente utilizados na comunicação cotidiana. No trabalho diário e intermediário, muitos limites podem ser cruzados na relação entre patrão e empregado.

Uma empresa, quando contrata, precisa estar ciente e respeitar as normas trabalhistas. No caso dos profissionais com carteira assinada, vale a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Caso essas regras sejam quebradas, é possível ter de lidar com processos na Justiça.

Os perigos de postar na internet para jovens que buscam um emprego que estudem o perfil da empresa e monitorem suas publicações quando querem fazer parte da equipe da marca, além de ter segurança quando se trata da sua presença online.

A tecnologia veio ajudar e muito, além de ajudar a tirar a dúvida de fraude. Tanto do lado do empregador quanto do funcionário, a internet garante um histórico trabalhista quase impossível de conter fraudes ou adulterações.

Por conta do home office, muitas vezes o patrão ultrapassa limites e manda tarefas para seus funcionários fora do horário de trabalho, um problema que nos últimos anos cresceu, em função da pandemia. A maior reclamação é a falta de respeito às regras trabalhistas no mundo virtual.

O uso de aplicativos de conversa em audiências trabalhistas é incorporado no meio jurídico, especialmente em casos de assédio moral. Muitas vezes, diz ele, os funcionários esquecem de entender o universo online e ambiente de trabalho como um só. Uma mensagem desrespeitosa, por exemplo, pode até mesmo causar uma demissão por justa causa. Para os contratantes, é preciso ter “serenidade e seriedade” quando se trata do tratamento dos funcionários.

Empresas podem demitir por mensagem?

Para o desligamento de um funcionário, o uso de aplicativos de conversa não é o mais recomendado. Embora muitas vezes isso não seja visto como descaso em processos após a incorporação do home office durante a pandemia de Covid-19, ara os momentos em que o funcionário se encontra em uma posição vulnerável é mais indicado uma reunião presencial ou por chamada de vídeo, onde exista a possibilidade de renegociação e compreensão dos problemas tanto da empresa quanto do trabalhador no atual momento.

O olho no olho prevê uma ação trabalhista, você pode saber se aquele funcionário está bem de saúde ou não, o que ele está passando com a sua família… Conversando é bem melhor que um e-mail ou Whatsapp

Já para aqueles funcionários que querem sair da empresa, mas tem dúvidas sobre como anunciar a decisão, hoje são aceitos os e-mails e mensagens de demissão. Embora alguns empresários questionem a validação, poucos passam para o processo jurídico e os juízes em sua maioria entendem como o direito do trabalhador de se afastar da empresa como precisar. um funcionário inteligente é aquele que sai da empresa bem, com a possibilidade de volta.

Para isso, o melhor é, assim como no caso das demissões que partem das empresas, deixar claro os motivos e, por meio de um diálogo, estabelecer a decisão, ainda que esta não agrade a outra parte.

Via: https://economia.ig.com.br/2022-07-19/direitos-trabalhistas-no-mundo-digital.html